sábado, 16 de agosto de 2008

E hoje posso dizer que nunca a ausência de carinho me fez tão bem. Talvez a certeza de algo tão pequeno e paradoxal assim pudesse me dar medo e me deixar insegura há um ano, mas sinto que estar aberta para novos sentimentos é uma questão de saber encarar a maturidade e encarar também coisas maiores e mais intensas.
Vivo por mim, com todos os meus vícios e assim posso mergulhar cada vez mais fundo, sabendo que ter medo é essencial, mas não ter também é. Hoje eu entendo a importância de não ser somente o que se é, da maneira mais intensa possível, inventando vários outros seres que também sentem.
Entendo que um ato maior do que sentir é fazer as pessoas sentirem e se lembrarem ao menos de um único momento de reciprocidade sincera.
Hoje, me importo na mesma proporção em que consigo não ter vontade de me importar. Sou capaz de viver todas as alegrias que uma pessoa, um sentimento ou um momento me trouxer, e sou mais capaz ainda de esquecer o que me fizer mal.
Muitas pessoas são acomodadas e sofrem com coisas pequenas e passáveis. Eu não quero me adaptar, estar numa situação cômoda ou sequer ser alguém passável para os outros, mas me permito decidir quem fica ou não fica na minha vida. Faz parte de mim agir dessa forma e eu não quero abandonar nenhum pedaço meu. Sou inteira e de verdade.
Os sentimentos que tenho hoje não têm nome e eu consigo somente sentí-los, sem precisar de mais nada enquanto eles me preencherem. É possível que meu mundo mude amanhã, mas, por hora, é assim que a banda toca.

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